terça-feira, 5 de outubro de 2010

BOTAFOGO F. R.

   Ao analisar a tabela da primeira divisão (e da segunda também) do campeonato brasileiro podemos perceber que há muitos times. Uns denominados fortes, fracos, ruins, vitoriosos... Enfim, cada um tem sua marca registrada.
   O Botafogo para os torcedores alvinegros é um time de orgulho, raça, paixão e fidelidade mesmo na derrota, na série de empates ou anos sem ganhar algum título. Para os demais torcedores pode até ser motivo de chacota e de brincadeiras de mau gosto. Porém, eles não entendem nossa paixão, nossa fé e em nossa confiança em cada jogador assim como em nosso fiel Joel Santana (mesmo com seus erros banais nos últimos minutos de jogo).
   Quem não é botafoguense não consegue compreender nossa paixão pelo simples fato de não serem botafoguenses.
    Eu posso não entender de impedimento, posso não saber todos os nomes dos jogadores. Mas sei que amo, sou apaixonada pelo Botafogo. Podem me chamar de vira-folha e dizerem que me tornei fanática desde que entendam o meu amor e o meu orgulho de ser botafoguense assumida; também desde que entendam o meu sofrimento e minha indignação quando perdem; que entendam minha superstição de vestir a camisa e a bandeira em todos os jogos como amuleto de sorte; que eu possa gritar e vibrar em cada gol até ficar sem voz e poder dizer que é pela minha paixão botafoguense; que me deixem chorar em cada derrota ou em cada canção homenageando o meu Botafogo alias nosso Botafogo.
    Podemos não ser a maior torcida, nem causar tanta inveja assim. Entretanto, somos humildes e fiéis. Fiéis à escolha da estrela. Somos uma família enorme e supersticiosa envolvidos em uma só paixão, que é por ti Fogo! Cantamos, sorrimos, choramos e torcemos juntos. Pois na torcida somos iguais, somos um só. Simplesmente não escolhemos, FOMOS ESCOLHIDOS! A estrela nos chamou.
   E ao invés de um coração, bate esta estrela. Uma estrela que nunca deixará de brilhar até mesmo depois que morrer. Porque sei que este amor é eterno e não há ninguém que “cala esse nosso amor por ti, Fogo” ♫

Fogo ÔôÔ Fogo ÔôÔÔôôÔÔ
Fogo ÔôÔ Fogo ÔôÔÔôôÔÔ
Botafogo, meu destino
Sua estrela e o seu brilho
Me chamaram, me atraíram
Não escolho, fui escolhido
Vivo essa paixão
Botafogo no coração
No Engenhão eu vou torcer
E te ver mais uma vez vencer
Hoje tem jogo do Botafogo
O Glorioso é o meu grande amor
Te amo, Fogo
Te amo, Fogo
Te amo, Fogo ♫

domingo, 3 de outubro de 2010

J.L.


    Às vezes é tão difícil tomar uma decisão. Foi difícil, mas consegui. Não nego que tenha me doído, que não passou pela minha mente que era um erro... Enfim, não abri mão daquilo que acredito que é certo, que o meu coração julga ser certo.
    Naquele momento era como se fosse um deja vu, antes fosse. Eu já tinha passado por aquela situação, envolvendo as mesmas pessoas. Porem, uma Brenda diferente, mais madura. Não podia fazer a mesma escolha. Não me permitiria. Não aceitaria abrir mão da minha felicidade novamente.
    Há alguns meses na minha primeira escolha não me arrependo, porque com o tempo aprendi que era uma época de aprendizado. Eu precisava daquilo, daquela experiência, daquela pessoa.  Pena que passou. Aprendi o que tinha que aprender e só. O resto ficou na recordação, no passado.
   Ouvir a verdade, o não necessário é ruim, pior é falar. Sinto-me mal, triste, mas como disse eu não podia fazer a mesma escolha duas vezes. Sinto-me aliviada, livre... Mesmo que me doa.
   Quando se gosta de alguém não conseguimos ferir nossas lembranças, nossos planos, nossas recordações, nosso sentimento. Eu não poderia fazer isso com ele. Comigo. E nem com o meu sentimento. Se o fizesse, o peso seria maior que eu poderia agüentar.
   Te peço perdão. Sim, a você mesmo. Mas preciso ser sincera, verdadeira com você, comigo. Isso vai além de escolhas, são princípios que jamais vou quebrar se assim Deus me permitir.
   Você sabe que é importante pra mim, assim como sua amizade. Saiba que te gosto muito, até mais do naquela época. E sinceramente, torço no fundo da minha alma que seja muito feliz.

                                                                                                                        03h05min AM

domingo, 12 de setembro de 2010

F.C. ♥

Gosto dele. Gosto de estar com ele. Gosto de ser o que me torno com ele. Enfim, gosto dele.
Posso ser alguém que vários conhecem, mas quem sou perto dele é alguém que até eu mesma desconheço.
Sei da cores e todas que imagino possíveis. Mas em nossos momentos como um passe de mágica ganha mais cores. Cores novas, inexistentes e um tanto quanto desconhecidas.
O uso de mascaras, silêncios, constrangimentos e choros disfarçados em sorridos já não são necessários. Meus sentimentos transcendem a amizade ou uma simples paixão. Sempre lhe disse que não sei definir o que sinto. Não sei transformar fortes sentimentos e uma enorme alegria em expressões e ate mesmo sem algum erro de gramática, já que nesse jogo não existem regras. Porem sei o que sinto.
Percebo que sou “eu verdadeira” que está com ele, percebo que posso ser como sou sem pesos nem medidas. Sei que mesmo com defeitos o vejo como uma admirável pessoa com uma bela alma e um bom caráter. Tudo que sei, sei por ele e pelo o que sinto por ele. Sei dele. Sei de mim. Sei dos meus sentimentos e também dos meus pensamentos.
Como já dizia aquela música “quando penso em alguém só penso em você” e fico contente por isso. Sinto-me contente que mesmo com os apesares, me permitem ainda gostar de alguém. E que este alguém é ele.
Em alguns instantes de tanto pensar em sua pessoa (coisa que já se tornou um habito) o imagino com perfeição. Perfeito com defeitos. Perfeito com chatices. Perfeito por ser ele.
E é incrível como sou dominada e me deixo ser dominada por ele. Sinto como se todas as células do meu corpo as pertencem. Coisas minhas já não são mais minhas nem dele, soa nossas. Creio que isso vai alem de qualquer imaginação, qualquer entendimento, qualquer sentimento.
Antes o que era mente e corpo de menina se transformara em atitudes, desejos e corpo de mulher. Num instante acaba-se a inocência e cresce uma mulher decidida e cheia de si. Obviamente não totalmente adulta, pois sei que tenho muito que aprender e também muito que aprender com ele. É como se a cada instante me transformasse mais mulher, mais fêmea.
Em algumas ocasiões em minha mente tudo isso se passa como amor, porem nada sei de amor, nada do amor homem-mulher. E se acaso sei, posso lhe afirmar que é muito pouco, quase desconhecido. Posso não amá-lo. Alias não o amo. Entretanto, sei que é um sentimento tanto quanto forte, verdadeiro e sincero. Sem maldade, futilidade e promiscuidade.
Um sentimento fácil e difícil de dizer. E como todas e quaisquer pessoas sentem eu também sinto arrepios, meu coração dispara quando o vejo e  fico emocionada só por o ter e imaginar por perto.
Sempre disse que o futuro era muito importante e que devemos viver o presente pensando no tal futuro. Sempre disse e sempre me permiti viver assim. Mas quando se trata dele, é impossível pensar no futuro. Sendo que o que mais desejo é aproveitar intensamente cada instante, cada segundo que passamos juntos. Com isso acabo não dando a devida importância ao futuro. Se casaremos ou apenas juntaremos as escovas de dente. E também se teremos filhos ou apenas um gato que será tratado como este. Realmente, não me importo. Todas essas coisas citadas a cima perto dele ficam banais, insignificantes.
O que me importa agora é estar com ele aproveitando cada momento. Vivendo o hoje. Vivendo o agora. Vivendo o presente.

                                                                                                          12/09/10

Não há ...

Não há inocentes nem culpados. Não há o certo nem o errado. Não existem advogados de defesa e nem de acusação. Não há acusados.
O que realmente existem são os caminhos: caminhos longos, curtos, retos, curvados, perigosos. Porem não há o caminho certo. Depois de um tempo descobrimos que o caminho escolhido nos torna quem somos. Como já diziam “cada escolha uma conseqüência”  e como sempre terá mais de uma opção: boas ou más.
Tenho esperança que em algum dia qualquer descubro qual caminho escolher e o que ou quem me tornei com ele. Não sei o que pode acontecer depois, alias ninguém sabe.
A única coisa que sei e que aprendi desde cedo é que tenho que fazer escolhas. Minhas escolhas quase sempre foram vistas como aquelas que obtemos conseqüências más. Não ligo porque não existem inocentes e nem culpados, portanto, as escolhas indeferem o que sou diante nossa sociedade.
E já que falei sobre culpa, não se sintam culpados se algo acontecer comigo, “não há culpados”. Pensem que foi alguma conseqüência de minhas escolhas.
Queria poder saber mais do que sei. Queria ser mais do que posso. Queria poder mudar meu passado, minhas escolhas. Queria saber o tempo certo de fazer meus atos. Queria ser diferente.
Descobri que em meu mundo somos iguais, independente de conseqüências nos tornamos iguais por nossas escolhas.

                                                                                                                                 10/09/10 

Pensamentos, voem como o vento ♪

Às vezes, quando escuto uma musica ou vejo uma paisagem sinto que meus pensamentos se tornam uma revivência do passado com detalhes de certas situações. Também existem aqueles pensamentos que são o que deveria ter acontecido ou a ilusão do que queria que acontecesse.
Há dúvidas arrependimentos de atos e palavras, vontades, saudade. Obviamente fico perdida entre tantos pensamentos, mas como é bom imaginar. Sentindo imaginar. Imaginar sentindo.
Incrível como me preocupo com os detalhes: olhares, gestos, uma lágrima e com isso a saudade, a vontade se torna ainda mais verdadeira.
Queria eu poder organizar por assuntos, mas são tantas situações que envolvem vários tipos. Também queria que quando pensasse em alguém, este alguém sentisse ou soubesse que estou pensando nela. Que ficasse ciente do que penso, enfim, que pudesse pensar como penso (e com os mesmos detalhes). Confesso que seria algo totalmente importante e indispensável em meus relacionamentos, contudo, só os pensamentos, lembranças e recordações boas.
Se pudesse ser assim, pelo menos pessoas importantes para mim saberiam que pensava em todos mesmo depois que eu me fosse, depois de morrer. E sei que na eternidade continuarei pensando nessas pessoas independentes do lugar em que eu estivesse.
Portanto, deixo aqui meu recado para familiares e amigos: penso em vocês, amo vocês e para sempre isso se repetirá. Digo isso porque não sei exatamente acontecer comigo hoje, amanhã. Posso parar de falar, escrever, imaginar... Morrer!
Eu os amo e os meus pensamentos são de vocês.

                                                                                                                 05/09/10

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Mudanças

O novo em nossas vidas significa de alguma maneira mudanças, pensamentos novos, sentimentos renovados e mágoas esquecidas. Mas sabemos bem que esse processo de mudança não é fácil e também, por se tratar do nosso ego, fica difícil abrir mão dos nossos princípios, ou seja, daquilo que achamos que é o correto aos nossos olhos.
Sabemos que estamos em constate fase de mudança e aquela famosa “Síndrome de Gabriela” não é mais do que uma leve desculpa pra não passar por esse processo. No meu ponto de vista, adoro mudanças: seja de casa, de cidade, móveis ou a cor da pintura da parede. A sensação de começar o novo me satisfaz e me dá certo prazer. Mas quando se referem a perdoar, a esquecer daquilo que me fizeram sofrer e principalmente pensar diferente por uma nova experiência.
E sempre tem aquela ocasião ou situação que é mais que necessário mudar. É preciso renovar as forças e fingir que nada aconteceu, porque não é saudável guardarmos magoas para o resto da vida, pois sabemos bem que sempre há aquelas que nunca serão esquecidas. A mudança pode ate doer, mas a magoa de certas coisas com certeza dói muito mais.
Podemos ser humanos, sermos falhos e errar. Porem, “somos feito de carne e osso” igual diz minha mãe e temos sentimentos. Os erros podem ser até insignificantes para os que erram mas podem ser a gota d’água para o fim de uma amizade, para o término de um casamento ou a finalização de um relacionamento de longos anos.
Enfim, é complicado ao se falar que todas as pessoas já sentiram isso e pra cada um de nós há uma interpretação, um jeito de se expressar essa experiência.
Assim como na infância, Crescer dói, mudar dói, enfrentar o novo dói. A pior dor da mudança não é a mudança e sim o medo de mudar. Ter fé é fundamental em Deus e em si mesmo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Para Acácio ♥

Várias pessoas passam pelas nossas vidas. Enquanto umas chegam, outras se vão ou por escolha ou pela natureza da vida.
A morte é tratada por muitos como forma de livramento. Livramento da dor, da solidão, dos problemas. Há aqueles que julgam injusta a tal morte, principalmente de entes queridos. E ainda existem os conformados de que em alguma hora tudo tem de acabar, mesmo que seja a vida.
As lembranças e a dor são suficientes para ficar no lugar desta pessoa que se foi? Não, pelo menos pra mim. O som de uma gargalhada não é o mesmo que ver a pessoa sorrindo; sentir o cheiro de um perfume pelo vento não é o mesmo que sentir na própria pessoa. Saudade não é o suficiente para o amor.
Existem amores que vão além da vida, alias, além da morte já que é este o assunto tratado. A morte não foi o suficiente para acabar com o amor que sinto aqui dentro. O amor com certeza foi e sempre será mais forte que os anos e o falecimento.
Quando passamos muito tempo com a pessoa e depois ela se vai, a dor é grande e profunda. Por favor, não ache que estou comparando dores e nem quero isso. Mas quando se passa pouco tempo e ainda quando se é criança [que é o meu caso], a ausência é horrível. O pior são os momentos em que precisamos de alguém e este alguém é aquela pessoa que se foi. Quando a saudade é demais sou capaz de comprar coisas apenas para acabar com este vazio, este eco que ficou entre nós.
Dedico este texto ao meu avô Acácio (1938 – 1996). A saudade é grande demais e a falta que me faz é indescritível. E sinceramente, comprar coisas já não esta sendo o suficiente.

“– Queria poder te dizer no fundo da minha alma que te amo ciente do que estou dizendo. E também me despedir. Te abraçar demoradamente sabendo que seria o ultimo. Portanto, fica aqui o meu adeus vovô!”

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Algo que acontece em nossa sociedade...

   Atualmente é muito comum vermos meios de comunicação que meninas/mulheres são estupradas, violentadas e/ou espancadas. E como explicar este fato? O que acontece no ser humano que o faz ter este comportamento tão desleal, de desrespeito e falta de amor com o próximo? A psicologia, a psiquiatria e a religião possuem várias respostas e interpretações para isso. Mas vim falar sobre as conseqüências e não os motivos.
   Ninguém precisa passar por isso para saber que o trauma gerado na vítima é grande. Sabemos também que com este trauma pode gerar varias conseqüências como depressão, síndrome do pânico, homossexualismo, distúrbios mentais e até mesmo em casos mais graves, o suicídio.
   O que me espanta é que na maioria dos casos, em uma porcentagem alta em que não sei dizer certamente, que em pesquisas e denúncias os agressores são conhecidos pela vítima: pais, padrastos, tios, vizinhos, amigos da família. O que está acontecendo que onde deveria ter respeito e zelo há atração sexual, há prazer entre pessoas da mesma família ou então com tamanha diferença de idade? Algo de muito ruim acontece em nossa sociedade.
   Outro ponto a ser discutido é sobre o que a vitima passa após o episódio marcante. O emocional é o mais afetado. Culpa, baixa-estima, falta de confiança em si e nos outros, falta de interesse pelas coisas são sentimentos mais comuns entre essas pessoas que sofreram o ato ou pelo menos a tentativa.
   Não querendo comparar dor de quem realmente é abusada e aquela que foi só vitima da tentativa, mas quem foi vitima sofre por algo que não aconteceu, algo que não se concretizou felizmente. Creio que algumas delas queriam que tivesse acontecido, pois assim teriam motivos para sofrer. Sofrer por algo que não aconteceu é um dos piores sentimentos, assim penso eu.
   Por conhecer pessoas que já se passaram por isso, creio que não é fácil a recuperação. Cada um faz aquilo que consegue de acordo com sua dor e sua situação. Portanto, aconselho que não obriguem e não cobrem mais do que a pessoa esteja fazendo. Compreenda e apóie, porque pessoas que sofrem precisam de apoio, de ajuda, de amigos verdadeiros. Na medida do possível faça aquilo que a pessoa te pede, dê o abraço, dê o colo, durma com ela, receba os carinhos, tente entender e passe tempo com estas pessoas. Pois elas precisam de você!


PS.:“Muito ajuda quem pouco atrapalha!”

sábado, 21 de agosto de 2010

Gosto ...

Gosto de tudo. Gosto de nada. Gosto do gosto de gostar. Gosto das cores escuras, negras. Gosto das cores claras, alvas. Gosto de chás. Gosto de músicas antigas. Gosto de MPB. Gosto de Djavan. Gosto de Ana Carolina. Gosto de Caetano Veloso. Gosto de Zélia Duncan. Gosto de Lenine. Gosto de rock. Gosto de Scorpions. Gosto de Capital Inicial. Gosto de Bon Jovi. Gosto de Janis Joplin. Gosto de Slipknot. Gosto de pop. Gosto de David Guetta. Gosto de Black Eyed Peas. Gosto Katy Perry. Gosto do bonito. Gosto do feio. Gosto de contos de fadas. Gosto de histórias. Gosto da curiosidade. Gosto do estranho. Gosto de esmaltes. Gosto de cruzadas diretas. Gosto de caça-palavras. Gosto de escrever. Gosto de cantar. Gosto de dançar. Gosto de interpretar. Gosto de ler. Gosto de ser compreendida. Gosto de compreender. Gosto de ser confiada. Gosto de ter idéias anormais. Gosto de ser diferente. Gosto do silêncio. Gosto do barulho. Gosto do escuro. Gosto do claro. Gosto de cozinhar. Gosto de apartamentos. Gosto de limpeza. Gosto de equilíbrio. Gosto de estabilidade. Gosto de cozinhas sofisticadas. Gosto de decorações. Gosto das filosofias do Renato Russo. Gosto de Cazuza. Gosto de maquiagem. Gosto de hospitais. Gosto de depilação a cera fria. Gosto de toalhas pretas. Gosto de espelhos. Gosto de pão de queijo. Gosto do Jim Carrey. Gosto de SMS. Gosto do Tim Maia. Gosto do miolo do pão. Gosto dos mortos. Gosto dos vivos. Gosto de abajures. Gosto de xícaras. Gosto de Ruffles de churrasco. Gosto de Fandangos de presunto. Gosto de leite desnatado. Gosto do aconchego. Gosto de intimidade. Gosto de ajudar as pessoas. Gosto de jalecos brancos. Gosto de sundae de maracujá. Gosto de picolé de limão. Gosto de sorvete de flocos. Gosto de dormir. Gosto de inventar. Gosto de ser. Gosto de falar. Gosto de estrelas. Gosto da lua. Gosto da noite. Gosto de livros. Gosto de cinema. Gosto de balada. Gosto de ficar sozinha. Gosto de estar acompanhada. Gosto de fotografias. Gosto de cartas. Gosto de textos. Gosto de poemas. Gosto do cantar dos pássaros. Gosto do pão quente. Gosto de viajar. Gosto do novo e experimentá-lo. Gosto de fantasias. Gosto do amor. Gosto de abraços. Gosto de mãos. Gosto de olhares. Gosto do bom humor. Gosto de sorrisos verdadeiros. Gosto do mar. Gosto de fazer as pessoas sorrirem. Gosto de fazer alguém feliz. Gosto de edredom. Gosto da imaginação. Gosto da criatividade. Gosto de borboletas. Gosto de caixas. Gosto de perfumes. Gosto de animais. Gosto de bichos de pelúcia. Gosto de carne. Gosto de biologia. Gosto da história. Gosto de teatro. Gosto de flores. Gosto de organização. Gosto de montanhas. Gosto do inverno. Gosto de ficar de meia. Gosto de Toddy. Gosto de molho branco. Gosto de negros. Gosto de brancos. Gosto de amarelos. Gosto de mudança. Gosto da verdade. Gosto da justiça. Gosto de “Jogos Mortais”. Gosto de cachoeiras. Gosto de vinhos. Gosto de praças. Gosto de paisagens. Gosto do inexplicável. Gosto da conclusão. Gosto de chuva. Gosto da infância. Gosto de bebês. Gosto de anjos. Gosto de suspense. Gosto de surpresas. Gosto de mim, enfim.
                                                                             21/08/10

                              To Be Continued ...

domingo, 15 de agosto de 2010

Let's run away and don't ever look back
Don't ever look back

My heart stops when you look at me
Just one touch now baby I believe this is real
So take a chance and don't ever look back
Don't ever look back

(Teenage Dream - Katy Perry)

Filmes com Finais Felizes

    Quando assistimos filmes com finais felizes com casais ficando juntos e tudo certo no final, não nos dá uma vontade de transformar nossa vida em um filme? Como se existisse sim uma parte difícil, mas que será superada e no fim tudo estará resolvido, pois igual diz aquela frase “no fim tudo dá certo”.
    Pode ser que essa vontade seja só em mim, não sei. Mas algo dentro de mim me faz sentir essa grande vontade do filme ser a minha vida. Que o tempo de duração seja algumas horas e não anos, que os problemas fossem fáceis de serem superados e os amores na maioria das vezes sempre dão certo. Quanta ilusão! E incrível que em todos os filmes que assisto (que dão certo no fim) eu penso assim.
   Aí, depois do término do filme, quando vamos comparar a nossa vida com a da personagem principal percebemos que as condições financeiras são diferentes, que o cabelo dela é mais hidratado que o meu, que as roupas são mais legais que as minhas e que o rapaz que ela está apaixonada é um galã com bons modos e costumes. Percebemos que são vidas um pouquinho diferentes e que nem sempre dá pra se fazer ou falar as frases usadas no filme.
   Naquele filme A Nova Cinderela com a Hilary Duff, onde ela se passa por uma “princesinha” do mundo atual com toda aquela história de encontrar o príncipe via bate papo e depois conhecê-lo pessoalmente em um baile à fantasia, faz de nós meninas a imaginar que temos um galã nos esperando com uma rosa para nos entregar em um jardim imensamente belo. Também nos faz imaginar que os vilões terão o pagamento das contas no final. Mas sabemos bem que em nossa vida não é nada disso.
   Pessoas maldosas que nos fazem sofrer e chorar todas as noites não vai receber o sofrimento em dobro, que sua atitude boa no passado não vai interferir no seu destino hoje ou então que aquele cara que estudou com você na quarta série vai continuar a gostar de você mesmo depois de 10 ou 20 anos. Sabemos bem que não vai ser assim, nem mesmo se fizermos o “script” perfeito, pois não somos nós quem traçamos o nosso destino. E nesse destino podem aparecer várias surpresas, sejam elas boas ou ruins.
   E ao falarmos em surpresa esperamos muito que sejam agradáveis. Esperamos que no próximo Dia dos Namorados estejamos com um namorado perfeito de causar inveja, que vamos receber um buquê de rosas vermelhas em um dia comum na faculdade, que em um passe de mágica aquela loja preferida esteja toda em liquidação. Mas e quando isso não acontece? Quando já é o terceiro ano que você passa o Dia dos Namorados sozinha, que não recebe flores desde a sua formatura e que não sobra uma graninha extra pra comprar uma blusinha nova sequer?
   O ruim é quando são surpresas desagradáveis, como por exemplo, a morte de alguém querida, um zero em uma prova importante, uma doença, uma depressão. E aquela historia do final feliz do filme? Das coisas que dão certas no final? Simplesmente a gente esquece e segue em frente?
   Acho que com essa decepção toda que percebemos que nossa vida não é um filme e nem uma história em que se pode mudar o final acaba criando uma ilusão dentro de nós. Uma ilusão que desde pequenas, nós meninas/mulheres, levamos pro resto da vida. Não sei se você se lembra que em todas as historinhas contadas em nossa infância o “e viveram felizes para sempre” sempre estava presente e o “The End” nos finais do filme sempre tinha uma música de superação, de vitória. E ai, coitadas de nós que crescemos vendo tudo isso e criamos a história com o final perfeito em nossas cabeças e ai que cresce aquela idéia que temos um príncipe encantado.
    Ai voltamos ao início do texto, nesse ciclo vicioso da ilusão pela vidinha perfeita. Mas no fundo no fundo sabemos que nada disso existe, a não ser na nossa cabeça... E nos nossos sonhos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Felicidade

Quando buscamos a felicidade, buscamos o quê na verdade? Um sorriso sincero; um prazer momentâneo; uma satisfação instantânea? Quem sabe o que é felicidade “concreta” que atire a primeira pedra.
Se perguntarmos a 100 pessoas sobre a definição dessa busca constante do homem, obteremos 100 respostas diferentes. Alguns até mesmo não saberiam responder já que as condições da vida não os deixam nem se quer pensar nisso.
O ser humano de tanto buscar se esqueceu do que realmente quer. Mal sabem que a felicidade em si não existe. Existe é o prazer e a alegria de procurá-la. E às vezes em prova disso é que isso se torna lema da vida de alguns indivíduos: “Em Busca da Felicidade”, como já foi feito até um filme sobre isso. Não acha que se existisse mesmo essa tal de felicidade centenas de milhares de pessoas não seriam felizes eternamente? Sem problemas, sem choros, tristezas?
Bom seria se a felicidade fosse um lugar, mesmo que distante. Pelo menos saberíamos ao certo a definição e onde a encontrar. Ficaríamos cientes de quando e como estaríamos realmente felizes.
Costumamos a crescer e falar que a “a carne é fraca”. Creio que isso também se refere a felicidade. Acho que é impossível que no ápice da felicidade não sentir raiva de algo, ficar bravo com alguém ou alguma mágoa do passado. E então, isso não estragaria o seu “100% feliz”? Portanto meu caro, não há como ser feliz por inteiro, pois sempre faltará algo.
Provavelmente você pode ate achar que sou mal-amada, infeliz e insatisfeita. Porem, sempre em minha definição pela felicidade é voltada normalmente pela procura dela. Felicidade é o prazer de quando a procuramos, a curiosidade da busca.
Pelo menos pra mim seria isso. Existem ainda 99 outras definições, busque uma e seja feliz.

                                                                                                        10/08/10

Amor de Verão

Sinto falta do teu cheiro, do teu abraço, da sua risada ao pé do ouvido, do seu cabelo sujo, de me amolar com os seus “por quês” e “como assim”. Sinto sua falta!!!
Os dias passaram rápido demais, os meses passaram rápido demais. Faz meses que eu te vi, que senti teu beijo pela ultima vez, que te toquei... Mal sabia eu que seria a ultima vez.
Saber que não vou te encontrar, que a saudade que machuca meu peito não vai cessar é como ver uma fruta apetitosa no ultimo galho de uma arvore muito alta. É querer pegar, mas não poder. Por ser alto demais e o tombo machucar demais.
Te ver é um desejo constante, mas o que acontecerá depois, depois que formos embora e descobrimos novamente que estamos apaixonados? Talvez a decisão de não ir seja uma fuga para não sofrer de saudade depois. Mas como fugir se te quero? Se te quero por perto, te quero comigo, te quero por inteiro?
Às vezes meu coração desanima de te querer e de gostar de você. Mas não é algo voluntario, como opção. É só um jeito de não tentar pensar em você, em nós dois juntos. Um jeito de correr da realidade de não gostar de você.
Lembrar de você junto a mim naquele verão, sorrindo, cantando é buscar borboletas em céus cinzentos, pois é de causar medo, tristeza e dor. Não por não encontrá-las, mas por buscar algo que não tem sentido no momento. Então, como não sofrer ao lembrar que estive com a pessoa que gosto e não aproveitei como deveria? Como lembrar sabendo que não sei quando te encontrarei novamente?
Te quero sem querer, te busco sem querer, sinto saudades sem querer. Me recordo de você, do seu jeito, das coisas que fizemos e dizemos sem querer. Só que recordar já se tornou automático, infelizmente e/ou felizmente.
Não sei se você é a pessoa certa para mim e se eu sou a certa pra você, independente disso, sinto algo que nunca senti. Sei que decidimos que o futuro escolheria para nós... Mas não nos encontramos em julho é a escolha? Será que vai ser isso mesmo, só um “amor de verão”? E se for, saiba que assim como todos os “amores de verão” você e tudo que vivemos serão eternamente lembrados.
Te gosto, te adoro, te quero, te amo...
                                                                         01/07/10

Cavernas-refúgio

O ser que nos tornamos através das escolhas que tomamos nos faz um alguém com certo tipo de máscara. E com esta máscara tentamos esconder o que nos incomoda e no nosso íntimo se torna obscuro como uma caverna. E lá, aquele lugar longe da iluminação da alegria, sem perceber, se torna nosso refúgio.
Esse refúgio que é onde escondemos a verdadeira essência do nosso eu se transforma cada vez mais profundo diante da nossa existência. Habituados a guardar segredos, sentimentos e definições secretas neste local acabamos nos perdendo na “bagunça dessa confusão”. E realmente se torna um pleonasmo porque diante de tanto sentimentos não-correspondidos, esperanças mortas, saudade do tempo que não volta mais, fracassos e frustrações é impossível se organizar de frente com tanto arrependimento, angustia e dor.
O perfume da minha alma já não existe mais. A essência que fazia nascer o perfume se esgotou. Agora já escasso me faz procurar uma nova essência. Mas, o que fazer quando cansamos de procurar ou se no nosso pensamento existe a idéia que isso é loucura? Que seria loucura procurar por algo que não existe e não volta mais.
Minha existência, o ser que sou (ou me tornei) não é diferente dos demais. Pode haver cavernas a mais ou a menos, mas continuarão sendo “cavernas-refúgio”. Todos nós possuímos esses tipos de cavernas: “cavernas-refúgio”.
O fato de elas existirem não quer dizer que vivemos apenas na escuridão, na solidão. O que acontece na maioria das vezes é que, essa solidão, que nos faz ser o que realmente somos e sem precisar inibir os reais sentimentos, se torna nossa amiga. Aquela amiga que nos acompanha sempre, aonde quer que vá. Aquela que não te deixa sozinho nem por um segundo, nem mesmo quando está em uma multidão.
Há casos onde essa caverna é fechada por pedras realmente grandes, sólidas e aquele lugar sombrio não existe mais. Mas há casos, assim como o meu, que não se fecham não se curam. Procurando por anos pedras suficientes parar cobrir o tamanho vazio, tamanho buraco que se solidificou em mim, não encontrei tais pedras. Tenho a sensação que a cada pedra que ponho a caverna aumenta ainda mais. Que a cada pedra que ponho aumenta outro buraco.
Não desisto de procurar as pedras. Não posso. Não consigo parar de procurá-las, porque sei que quando as achar encontrarei também respostas para as perguntas que se formou dentro de minha mente. Enfim, poderei perceber o meu verdadeiro eu que se esconde dentro dessa caverna e quando encontrar esse “eu” me assustarei, pois há tantas máscaras no armário de minha alma que me acostumei a enganar as pessoas escondendo o que se passa aqui dentro e ainda enganar a mim mesma e adquirir essas mascaras em meu rosto. Cheguei a tal ponto que não sei em que pessoa me tornei. Descobri em tão pouco tempo traumas, medos que não sabia que existia em mim. Me assustei talvez por não saber que existiam. Talvez por colocar máscaras também em cima de dores passadas, traumas e culpas.
E o abandono é um deles. E me surpreende que esse sentimento é meu companheiro desde a minha infância. Cresci acostumada a ser abandonada por pessoas que amava demais e me espelhava. E assim, construí uma caverna, talvez a maior de todas, para suprir a falta dessas pessoas. As ausências me machucam e não existiam pedras suficientes para tapar o espaço que deixaram, seja pela ausência e pelos carinhos não recebidos.
Descobri também que com o passar do tempo, as dores ficam mais pesadas e mais sólidas. A dor que sinto é indescritível, terrível e assustadora. E confesso que chegar a me dar medo. Me pergunto se ficarei assim até o fim dos meus dias, diante de abismos, esconderijos, cavernas, mascaras. E então, ficarei assim até a minha morte?

                                                                              17/06/10

Minha Lua

De manhã prometo, não irá mais doer.
Faz tempo que não te vejo dormir.
Mas tudo termina com a luz do dia
Ficamos juntos no escuro
E tateamos a pele um do outro
Querendo encontrar um espaço
Um lugar para habitar.

Queria ficar mais um pouco
Mas como explicar depois
Que se não for agora
Talvez eu nunca mais vá.

Eu te recebo como uma janela que recebe a lua
e busco a manha nos lençóis e em teus braços
me perco em teus toques
Quem dirá o contrário?
Quem dirá que não mereço?

Eu só quero um abraço e um sorriso.
me deixe conquistar seu beijo,
me deixe tentar.
Você não é igual às outras...
você é igual a mim.

Queria ficar mais um pouco
Mas como explicar depois
Que se não for agora
Talvez eu nunca mais vá.

                                                             Jim Duran

Os Dias

Os dias vão
Você não vem
Por que é que tem que ser assim?
Queria ter você pra mim.
Será que um dia vai ser assim?

Eu penso em tudo
Não ouço o mundo
Pareço um louco
Esqueço dos outros
Eu sei que estou morrendo aos poucos
Nem ligo para os outros

Eu paro no tempo
Olho pro vento que lembra você
Só penso em você
Recordo nós dois
Mas logo depois

Os dias vão
Você não vem
Por que é que tem que ser assim?
Queria ter você pra mim.
Será que um dia vai ser assim?

Queria ter você aqui
Bem perto de mim
E sei que um dia pode ser assim
(Você pra mim. Pode ser assim. Pode ser assim. Pense nisso, enfim).
Os dias vão
Você não vem
Por que é que tem que ser assim?
Queria ter você pra mim.
Será que os dias vão ser sempre assim?

                                                                              Antonio Heleno Castilho
                                                                                       Ano de 2007